A Comunicação Social deu muita relevância a esta minha
questão a ponto de colocarem a minha pessoa como o militante do PSD mais
crítico contra o Ministro das Finanças. Quando essa notícia veio ao público,
tenho recebido as mais diversas mensagens de louvor de simples cidadãos e de bastantes
militantes do PSD (partido de que eu milito há cerca de 8 anos e não escondo
essa minha militância) que já se demarcaram deste Governo e desta liderança de
um senhor que se diz Coelho e que anda num Relvado verdejante, quando o mesmo
relvado é cinzento, atrás de uma Rabaça. (para não dizer que estou a falar de
Pedro Passos Coelho, Miguel Relvas e Vítor Louçã Rabaça Gaspar)
Passos Coelho prometeu que ia além do Memorandum da Troika…
Olhem no que deu…
A Dívida Pública vai continuar a aumentar porque não estão a
ser feitos cortes em duas áreas que têm sido intocáveis: As pensões de luxo e nas
Parcerias Público Privadas. Já que queremos ter como referência os sistemas de
protecção social dos países da Europa do Norte, porque não criamos um tecto
máximo de atribuição de reformas? Só para pessoas como o Senhor Presidente da
República poder viver com 10 mil Euros por mês (refiro que é o valor total de
várias reformas quando a maioria dos cidadãos só têm acesso a uma e acaba por
ser uma ‘merreca’, como dizem os brasileiros) e que tenham a ‘lata’ de dizer
que não sabem como há-de gastar o dinheiro que recebe para manter a sua
condição social que demonstra?...
Recordo uma medida que Pedro Passos Coelho apresentou em
2010 e que foi sufragada, «promoção da poupança e redução do endividamento».
Cortar em 30 mil milhões de Euros em parcerias público privadas não podiam ser
uma solução viável?... Então porque não corta?... Estamos a tocar em pessoas
intocáveis?... Acredito que sim! Mas é inevitável ter que ser feito! Estas
parcerias público privadas são a maior ruina do nosso país. Concessões que duram
até 2083 (portanto quanto eu já fizer o meu primeiro centenário natalício, se é
que vou lá chegar com este estado de coisas…) não podiam ser cortadas?... Pois
é… Mas muito em breve, caros leitores, eu farei uma enorme revelação sobre
estas ‘teias das parcerias público privadas’, mas enquanto não tiver o artigo
todo completo, podem ficar com água na boca de curiosidade…
Com a redução tanto das exportações e das importações,
redução do Produto Interno Bruto e maior contracção do consumo público e
privado é claro que se onera mais o Estado com mais despesa com prestações
sociais! O desemprego real está em 1 501 mil pessoas sem trabalho, dados
do INE do 4º trimestre de 2012, que são precisamente 27,5% da população portuguesa.
Agora o Governo anuncia taxas de desemprego de 18,2% para 2013 e 18,5% para
2014, segundo fonte do Ministério das Finanças após a 7ª avaliação da Troika,
que é a mesma coisa que dizer que o desemprego pode ir até aos 19%, 21% e 22%!
Na realidade, não são estas percentagens porque não estão a contabilizar alguns
cidadãos que nunca são considerados desempregados, no entendimento de alguns
especialistas do Eurostat e do INE, mas sim entre os 29,6% e os 35,8% que é
nada mais nada menos que cerca de 2 Milhões de Pessoas sem Trabalho! Que curiosamente,
é o mesmo número de pobres que várias instituições de solidariedade têm
decretado publicamente nos últimos anos.
Eu pergunto, onde andou com a cabeça o Sr. Vítor Louçã
Rabaça Gaspar quando anuncia estas medidas a militantes do PSD e aos
portugueses?... Onde andou com a cabeça do Sr. Pedro Passos Coelho quando diz
aos portugueses ‘que estamos num bom caminho’?... Andaram a pensar qual a
melhor forma de roubar aos contribuintes com medidas que não estão a resolver
os problemas imediatos do país que são a redução da dívida, aumento da
produtividade (e não da competitividade porque isso foi uma fantasia que os
economistas inventaram como forma de iludir), redução dos números do desemprego
e por sua vez da pobreza.
Este Governo falhou. Este Governo está a ter o mesmo registo
e tiques que o anterior Governo quando apresentou sucessivos PECs (para
recordar o acrónimo, Planos de Estabilização e Crescimento) e com obras
megalómanas que o mesmo PSD, que hoje é Governo e que no passado foi oposição,
recusou liminarmente nessa solução. Que venha um Governo de Salvação Nacional
vindo da Sociedade Civil que vai ter a coragem de cortar no que é supérfluo e
gastar no que é necessário.
A Panela de Pressão já rebentou mas, na óptica deste Governo,
pensa que ainda não rebentou.
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